2009-01-29

E quem sabe? Talvez um dia....

Domingo 28 de Janeiro, estive em Madrid, para uma sessão de Yoga com o meu professor Patxi Lizardi, um dos meus “Mestres Vivos” de quem os meus alunos me ouvem falar nas aulas. Estive eu, duas alunas do Centro e mais cerca de 120 pessoas, entre as quais uma também portuguesa. Parece que estas sessões têm cada vez mais participantes e são cada vez mais interessantes.
Pelo menos, no que a mim diz respeito, aprendo sempre tanta coisa nova, até nas asanas aparentemente mais simples! A prática deste domingo andou sempre em volta do tema “Moção sem perder a Acção” e alinhamento de omoplatas e sacro. Trikonasana, por exemplo: fazíamos todos os ajustamentos que nos eram indicados, entre os quais omoplatas para dentro, sacro para dentro, alinhamento de omoplatas e sacro, cantos externos das omoplatas dentro sem “apertar” a coluna, ou seja as “acções” e depois entravamos nas postura descendo a mão para cima do tijolo (“moção”). Não valia descer e a meio da descida ter “perdido” o sacro ou a omoplata do braço de baixo, ou o que fosse. Nessa altura só se ouvia “Que lastima!”!!! E lá voltávamos para cima e “Hay que repetir”! Parsvottanasana, de que tanto gosto, foi particularmente difícil de fazer, com as mãos atrás das costas, dedos cruzados, braços esticados. Aliás todas as posturas, feitas conscientemente, sem nada perder nem na entrada, nem na saída das posturas, são bastante difíceis.
Foi um domingo de aventura e de descoberta, de aprofundamento na prática. Tal como no crescimento das crianças o mesmo não acontece de forma regular e contínua, mas sim por "saltos", também me sinto, a cada intensivo destes, como se tivesse dado um salto na qualidade da prática. Sei que não se vê e tenho até pena de não conseguir transmitir tanto como recebo, mas enfim, é assim. Mas sei, para consolo, que esta riqueza que colho de cada sessão destas, fica guardada dentro de mim como um tesouro. E quem sabe? Talvez um dia.....