O caminho do Yoga faz-se a partir do corpo físico, aquilo que podemos conhecer melhor, e daí viajamos "para dentro", na descoberta dos nossos corpos subtis:
- o corpo energético, lugar da respiração e das emoções
- o corpo mental, onde acontecem pensamentos e obsessões
- o corpo intelectual, local da inteligência e sabedoria
Um dos oito patamares do Yoga é a prática de posturas (asanas).
Também nas posturas partimos do exterior para o interior. Nesse exploração gradual, começamos com pernas, braços, coluna, olhos, maxilar, pescoço, etc., de forma a desenvolvermos cada vez mais a nossa sensibilidade.
Quando entramos numa postura, por exemplo, Parsvottanasana, temos de fazer determinados movimentos- a partir de Tadasana, juntar as palmas das mãos nas costas, saltar, separar os pés, girar e baixar, etc. Depois de estarmos na postura, não deveria haver mais movimento, mas sim acções - fixar o lado interno do pé da frente, alongar a coluna frontal, etc.
No início é importante um intenso trabalho no movimento da postura, na direcção, na geometria da postura. À medida que aprofundamos o nosso conhecimento das asanas, a acção é o mais importante - trata-se de uma dinâmica interna dentro de uma postura aparentemente estática. Preocupamo-nos na prática Iyengar com o alinhamento do corpo - alinhamento dos pés, das pernas, das ancas, etc, mas onde queremos chegar é ao alinhamento interior...
BKS Iyengar costuma dizer "There should be action and motion - we must enjoy the action, not the motion."
"Através das asanas aprendemos a conhecer o corpo e a distinguir entre movimento e acção: o movimento excita a mente, enquanto que a acção a absorve" (LoYS, BKS Iyengar).
(Fontes: Light on Life e Light on Yoga Sutras of Patanjali, de BKS Iyengar)