Auto-aceitação

Falamos de tomada de consciência, de prática de asanas, de experiências violentas, de Vipassana, de transformação, de desenvolvimento espiritual, no fim de contas, falamos de quase tudo o essencial.

Esquecemo-nos no entanto, de algo fundamental, que não é tão evidente assim - Auto-aceitação. Tudo começa pela aceitação de quem somos e como somos. Trata-se de amor próprio e auto-estima. Não se trata de auto-compaixão, nem de gostarmos dos nossos defeitos. "Se quero crescer, preciso de me desenvencilhar do meu passado. ..Não sou a pessoa que fui no passado, não sou ainda a pessoa que serei no futuro.
...Aceitar a responsabilidade total de todas as nossas acções, incluindo as nossas emoções e comportamentos, diante de todas as situações da vida, é o passo definitivo na direcção da maturidade. ... O crescimento começa onde as acusações terminam. ...Se quisermos ser escravos de alguma pessoa, basta guardarmos ressentimento em relação a ela. A sua sombra acompanhar-nos-à o dia inteiro, de manhã á noite; vai comer connosco e estragar-nos a digestão; vai destruir-nos a capacidade de concentração, estragar os bons momentos e arruinar-nos a paz e a alegria.".

O texto referido é extraído de "Felicidade: um trabalho interior", de John Powell. O autor é um professor da Universidade de Loyola, em Chicago e um conferencista de renome.

Esta é para mim, uma das suas melhores obras e recomendo-a muitas vezes. É fácil de ler e compreender, trata temas que nos tocam a todos e, de alguma forma, é simplesmente YOGA.