De Regresso. Terminei a minha estadia em Pune, India, até ao próximo ano. Os dois últimos dias foram uma corrida completa. Consegui despedir-me das pessoas com quem passei mais tempo, bem como dos meus professores e restantes amigos do Instituto. Não consegui ir ao cinema ver Dhobi Ghat, um filme lindíssimo, em Hindi (!!!), passado em Mumbai, e que segundo me dizem, nos faz apaixonar pela cidade... Precisava só de ter ficado mais 2 a 3 semaninhas por lá. Mas, há que ter paciência, já foi muito bom ter conseguido ir, e muito bom rever agora a família.
Estive a "olhar para trás" e parece-me poder afirmar que esta estadia, de 2011, fez profundas alterações em mim, provavelmente não visíveis, pelo menos por enquanto, mas que posso sentir, ainda sem saber exprimir. Calculo que seja necessário um tempo, para que tudo quanto "saiu dos lugares" volte a assentar numa nova ordem. É muito curiosa esta sensação, mas um tanto incómoda. O espaço interior é diferente, a relação com o quotidiano é estranha e contudo há que ser igual a todos os outros. Há uma energia desajustada a este dia a dia! Em quatro horas de aulas por dia, o corpo foi sistematicamente "invadido" pela respiração, de várias formas, mas todas elas muito envolventes. E isto aconteceu 6 dias por semana, durante 4 semanas. O corpo deixou de ser o invólucro de músculos e articulações.
Agora, vamos para um novo paradigma - manter e aprofundar o que aprendi e aos poucos começar a transmitir, como fôr possivel ou fôr capaz. Como diz Prashantji, para uns eu falarei e eles ouvirão; para alguns poucos, o que direi será de coração para coração.