
Mais tarde, ao ler na última revista do RIMYI, um artigo da neta de Guruji, percebi. Abhi revê e analisa algumas das suas experiências de aprendizagem com Guruji, e conta numa delas:
Estava a praticar posturas para trás e percebeu que o sacro estava como que bloqueado; sempre com atenção a este detalhe, continuou a sua rotina de posturas para trás, procurando trabalhar o sacro; Guruji viu-a e disse-lhe que o sacro não se estava a mover de todo; e o que lhe disse foi para praticar posturas de pé, para trás, contra o tresler (cavalo), com pés de Charlot - calcanhares juntos e dedos afastados! Isto é contra tudo aquilo que aprendemos para as posturas para trás! Abhi ficou surpreendida, teve medo, sentiu-se insegura, interrogou-se sobre se iria magoar as costas ou até o próprio sacro. A memória trouxe-lhe todas as dúvidas. Mas ao mesmo tempo, era Guruji quem lhe estava a dar estas instruções, pelo que nem dúvida se punha. Assim, com um misto de emoções e receios, não resistiu a perguntar-lhe como era possivel posturas para trás com pés de Charlot? Guruji sorriu e respondeu: "Desta forma o teu sacro responde melhor, move-se". Esta explicação tão simples, deixou-a desconcertada.
E é aqui que eu quero chegar - Abhi confessa que, se a resposta fosse complicada, ter-se-ia sentido feliz e satisfeita. Adoraria se Guruji tivesse dito que, mantendo esta posição dos pés, se trabalha melhor nos tornozelos, ou tíbias, dando origem à rotação dos glúteos, que assim activam o movimento do sacro. Aquela resposta tão simples, diz Abhi, "fez-me sentir pequena". O ego não gostou. Será que apenas a complexidade satisfaz os nossos processos de pensamento e inteligência?
E é aqui que eu quero chegar - Abhi confessa que, se a resposta fosse complicada, ter-se-ia sentido feliz e satisfeita. Adoraria se Guruji tivesse dito que, mantendo esta posição dos pés, se trabalha melhor nos tornozelos, ou tíbias, dando origem à rotação dos glúteos, que assim activam o movimento do sacro. Aquela resposta tão simples, diz Abhi, "fez-me sentir pequena". O ego não gostou. Será que apenas a complexidade satisfaz os nossos processos de pensamento e inteligência?
Ficam as interrogações......
(Yoga Rahasya, 17.1.2010)