At the beginning of my sádhána my understanding on yoga was moving on a snail's speed, oscillating me often like the Shakespeare's words, "to do or not to do". As years rolled by, I felt my mind getting sharpened, leading me to gradually realise the unison, harmony, balance and concord between the body, mind, intelligence and the Self.
I began to watch how the out-going mind gets attracted to the objects of the world through the windows of the senses of percepction, and how yogic practices made me to take a "U" turn to move inwards its master, the Seer.
Yoga Rahasya | vol.18, nº 3, 2011 | Guruji's Keynote address at the China - India Yoga Summit
Ao ler este artigo, lembrei-me do tempo em que eu comecei a ter a minha prática pessoal, há anos atrás. Todas as noites, antes de me deitar, esticava o meu tapete e deixava ao lado um "bilhetinho" com a prática que iria fazer no dia seguinte. Quando me levantava ia cheia de boas intenções praticar, mas havia sempre alguns assuntos que surgiam nesse momento como se fossem muito importantes e urgentes - tomar um chá, regar as plantas, dar de comer ao gato, etc. E a prática ficava com o tempo que sobrava - 10 minutos, 15 minutos, 0 minutos. E todos os dias se repetia o mesmo ritual, com novas "urgências".
Comecei a ir percebendo que fazia o sacrificio de me levantar bem cedo, para fazer tudo menos praticar Yoga. Desconfiei que as ditas "urgências" me tentavam afastar daquilo que tinha decidido fazer. Aos poucos fui distinguindo que o que eu queria e o que a minha mente controladora queria de mim, não coincidia. Resolvi ser eu a ter o controlo, e para isso tinha de me levantar e de imediato ir fazer uma ou duas posturas, sem chegar a pensar.
E depois de já ter começado, era muito mais fácil - o corpo ia pedindo mais yoga e os pensamentos continuavam a tentar tirar-me dali, mas com menos convicção.
Demorei alguns anos a ter uma prática diária digna de tal nome. Foi difícil e só a vontade me manteve presa ao yoga. Mesmo agora, volta e meia, surgem as "urgências"; mas já nos conhecemos, e às vezes até eu própria me rio destas situações.
A prática pessoal é indispensável ao aprofundamento do yoga e vai-nos ensinando muito sobre nós próprios, ao mesmo tempo que aumenta a nossa determinação, coragem, disciplina, introspecção.
Tal como Guriji BKS Iyengar nos ensina e tudo quanto ensina vem da sua experiência pessoal, da sua vivência, aos poucos vamos tendo um vislumbre da "harmony, balance and concord between the body, mind, intelligence and the Self".