A Páscoa e a Prática

A semana da Páscoa é inspiradora e com alguns feriados pelo meio, tornou-se uma deliciosa semana de “mergulho” na prática. Com tempo e por conta própria, foi possível experimentar algumas das muitas acções recentemente aprendidas nas aulas no RIMYI.

Aqui vão, em ordem aleatória, alguns tópicos daquilo que me fui lembrando:

- nas Posturas de Pé, temos de resistir à tentação fácil de rodar a perna de trás para fora; temos de a empurrar para trás e o abdómen sim, alarga-se e roda;

- no Pranayama, sentados, Geetaji ensinou-nos Ujjayi levando a inspiração a subir pelas costas até à 7ª/8ª vertebras dorsais e nesse ponto, dirigir a inspiração das costas para a frente, de encontro ao esterno;

- praticamos Bharadvajasana, não sempre, mas algumas vezes, com cinto nos joelhos e sentados no tapete (sem suportes); experiência esta que derruba qualquer ego!

- em Ardha Padma Pascimottanasana  - aprendi a alongar muito a perna de Padmasana, desde o cimo em direcção ao joelho e fazendo isto, o pé entrava muito melhor em Padmasana; para mim esta postura é difícil e este ajustamento ajudou-me muito;

- ainda nas Posturas de Pé, Guruji, através da Abhi, fez-nos experimentar e sentir o apoio da mão no chão com as pontas dos dedos, como habitualmente e o mesmo apoio, mas de forma a que as unhas fiquem perpendiculares ao solo e com a mão pouco aberta. Experimentem – é como brincar ou praticar a sério.

Felizmente que aparecem tempos assim em que pratico algumas horas por dia, experimentando, fazendo, desfazendo, refazendo; testando os medos, interrogando-me, descobrindo se cada “peça” desempenha a sua função, percebendo onde não há vida, onde prana não flui, onde consigo criar espaço, onde me retraio… quais as emoções que aparecem à superfície...
Tempos bons estes da prática dedicada e consciente, tempos de muita Paz.