2013-02-18

RIMYI 12 - 2013

Lalit Mahal - puja
Este Domingo, único dia de descanso que tenho por cá, fui assistir à aulas das crianças, das 8 às 9 da manhã. A sala estava cheia, eram imensas crianças, creio eu que a partir dos 7 ou 8 anos. Eram tantos miúdos, que formaram um grupo com os mais novitos e subiram para aula no andar de cima. Cá em baixo foi uma animação total. Começaram com a Invocação a Patanjali, mas todos de pé, em Tadasana.
A partir dai foram encadeamentos de posturas sobre encadeamentos, e na prática não pararam de saltar e mexer durante toda a aula. Mesmo as posturas de sentar metiam de repente um Uttanasana ou Urdhva Hastasana. Foi bastante divertido, até para quem assistiu.

Depois fui tomar um pequeno almoço, refeição que só acontece ao Domingo, ao Restaurante Lalit, onde costumo ir muitas vezes. O dono estava ainda a acabar a sua cerimónia religiosa (puja), e deitava flores e passava incenso em todos os lados onde estavam divindades. Rezou e começou o seu dia de trabalho. Eu alimentei-me com uns deliciosos iddlis (pequenos pães de farinha de arroz), com sambar (uma especie de molho de legumes, picante), e terminei com um delicioso masala tchai.



À hora de almoço passei por um Parlor (cabeleireiro) e resolvi ir tirar o óleo e a poeira do cabelo e pôr-me minimamente apresentável. Tive direito a massagem de cabeça (que inclui pescoço e ombros) e a um tratamento hidratante para o cabelo. Muito bom. O menos bom é que depois desse tratamento, não secam o cabelo, pelo que o aspecto não era do melhor. Mas que ficou bem tratado isso ficou mesmo. Deixei que me arranjassem os pés, sem interferir, enquanto lia uma daquelas revistas de fofocas indiana, e saí de lá com umas unhas cinzentas nacaradas! Um horror, mas pés bem massajados e hidratados. Parece-me que no proximo Domingo vou a outro lado, ver se me tiram este cinza “deslumbrante” dos pés.



Mais tarde fui até ao parque, e comecei a ler o último livro de Guruji, “Core of the Yoga Sutras”. Tinha tido pouca coragem até agora de pegar no livro, por achar que era demasiado exigente para as minhas férias. Mas depois de começar a ler, estou a achar interessantíssimo. As primeiras, talvez 30 páginas, são sempre comparações do conteúdo dos Sutras, com Bhagavad Gita, Hathayoga Pradipika, e Yoga Upanishades. E os comentários de Guruji sobre estas interconexões. Comentários esses, que para além de virem de uma pessoa cujo valor é mundialmente reconhecido, representam também o fruto de uma prática ininterrupta de quase 80 anos. Recomendo.